Em Coimbra, 30.06.2018 |
As ferramentas de que dispõem são escassas, mas, se preservado o território comunitário*, parece possível combater, através do trabalho manual e da educação, a resignação milenar, devolvendo alguma da felicidade há muito perdida…
A utopia curda enraíza-se num tempo anterior ao império otomano e a todos os colonialismos de que foram e são vítimas, por isso tem poucos aliados, porque na verdade não existe um território curdo, mas, sim, ilhéus em que os valores se vão diferenciando de acordo com os contactos a que se veem obrigados…
A utopia curda continua, no entanto, cercada por poderosos interesses que visam a apropriação e a partilha do Médio Oriente e que não olharão a meios para a esmagar, até para que não sirva de exemplo a outras comunidades esquecidas…
Em Portugal, o que se sabe sobre os povos curdos é infelizmente residual, até porque a diretriz curda não passa obrigatoriamente pela construção de um Estado, como, por exemplo, o turco…
Nós, por aqui, amamos o Estado e estamos convencidos de que ele só pensa em nós…
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