23.3.19

Neste terreiro de papel

Aqui estou eu a descer e a subir páginas, sem me cruzar com qualquer marquês nem respirar o carbono da avenida, dita, da liberdade… 
No centro da página, não há vestígio de imperador - apenas súbditos - e nas margens, vão-se acumulando hieróglifos vermelhos em perda de intencionalidade…
No paço, apenas o cavalo, apeado, por força de uma austeridade cuja origem continua encoberta, porque, à época, o que interessava eram os fundos de coesão.
De qualquer modo, neste terreiro de papel, o futuro parece esconder-se numa linha invisível pronta  a sumir-se com ou sem palha…

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