11.3.19

O besouro

Nada fica. Porquê?
Será apenas desinteresse? Ou será uma nova forma de estar, desmemoriada, para poder esticar a vida?
As conexões antigas diluem-se, talvez para que outras, inocentes, possam libertar-se…
Esta rutura assusta, e há quem a explique com a falta de empenho ou, em alternativa, com as portas arrombadas, perdidas as chaves do presente.
A própria ideia de um texto fechado à chave, que fosse preciso escalonar, apavora, embora de forma distinta do terror que assalta a sala quando o besouro desorientado pela luz se projeta sobre a vidraça…
Não sei se o besouro poderia ficar… De qualquer modo, aproveitei o intervalo para o libertar para a tília sem futuro. Sorte a do besouro!

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