22.1.21

Piripiri

 

Não podendo estar parado no jardim, fui caminhando sem convicção. Fechados, o parque infantil e a escola adjacente; nem os melros baixavam à cata de gramíneas…
Apenas dois ou três velhos aceleravam o passo, em círculos mal desenhados; as árvores despidas suportavam a hostilidade da ventania - ideia, evidentemente, fantasiosa. 
O que seria das árvores sem os ventos? E de mim?

De súbito, pensei na inutilidade do piripiri que colhera num jindungo. Juntara-o no bolso à chave do carro… 
E ali, no jardim, sobre a luminária, associei o inútil piripiri à inútil chave do que poderia ser a vida…

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