29.1.21

sonhos e pesadelos

Esta noite, já de madrugada, fartei-me de andar às voltas na cidade - qual cidade? - impedido de chegar a Coimbra… esqueci o lugar onde estacionara o carro… subi e desci, uma a uma, as ruas e as ruelas… e nada, sem pôr a hipótese de que o carro tivesse sido roubado. Minuto a minuto, hora a hora, e nada! E o prazo, que não era meu, a esgotar-se. Cheguei a pôr a hipótese de apanhar um táxi - ia e voltava… e talvez acabasse por me lembrar… mas nada…

Lembro-me agora que, muitas vezes, sonhara que chegava atrasado e que esquecera a sala a que me dirigia. Dava voltas sobre voltas, espreitando pelas janelas à espera de ver alguém conhecido, mas nada… 

O que parece é que a sala foi substituída pela cidade, talvez Leiria, e os alunos por um lugar onde terei deixado o carro que, para mim, só para mim, se tornou invisível… as ruas eram inclinadas e serpenteadas, estreitas e desertas... com arcos de outras memórias, janela aberta para o terreiro onde a justiça de Pedro crescia no sangue do assassino de Inês.

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