5.5.22

A língua da rosa

O repuxo segura o fluxo, filtrando um murmúrio de queda de água...

O utente espera uma consulta salvífica das quedas recentes, como se o diagnóstico resolvesse por si a dor própria e alheia...
Mais longe, o som plangente não consegue delimitar o sonho avesso à realidade. 
Só a rosa parece conhecer o caminho, indiferente às cores que a cercam - espinhos protegem-na muito para além do seu tempo de vida...
Se a rosa escrevesse, a língua dela seria de pétalas...
No desastre de Mariupol, nem sequer há espinhos!
 

Sem comentários:

Enviar um comentário