Nada me importas, País! seja meu amo
O Carlos ou o Zé da T’resa… Amigos,
Que desgraça nascer em Portugal!
António Nobre, 1989
Apetece concordar com esta patética exclamação de quem, nas margens do Mondego, se via ostracizado e encurralado por uma mentalidade mesquinha e interesseira que corroía a nação de cima a baixo.
(Só a partida para o estrangeiro, e o consequente desenraizamento, permite descobrir algumas das virtudes do estéril solo pátrio que não da humana gente.)
Hoje, trabalhei todo o dia na esperança que amanhã tudo pudesse ser diferente. No entanto, às 20h00, o bombo soou mais uma vez: a suspeita que deveria calar-se de vez, não!… alastra insidiosamente pelas paredes e deixa-me zonzo, a pensar que mais valia ter nascido em terra onde já não existissem nem amos nem vassalos.
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