25.10.10

Num Domingo outonal na Areia Branca

Na AREIA BRANCA, num Domingo outonal, de manhã, as nuvens parecem ameaçar, mas ninguém as vê. Estão ali suspensas, escorrendo do branco para o cinzento envergonhado e, ensimesmadas, resistem à tentação de cumprir o impulso primeiro. E eu subo e desço as pequenas encostas, reflectindo sobre a viabilidade económica dos múltiplos bares, cafés e esplanadas. Há sinais de novo riquismo, próprios do Verão, mas sem expressão humana nas restantes estações do ano. Investimentos públicos que reflectem a mentalidade dos seus promotores, mas que escondem a miséria bem visível, por exemplo, no parque de campismo. Um parque municipal, residencial, incapaz de acolher os forasteiros que desejem passar um ou vários dias nesta acolhedora praia, apesar de, também, a areia começar a falhar…

Sobra, todavia, a Pousada da Juventude!  

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