Desde o dia 11 de Março que ando às voltas com uma ideia do nobel Paul Krugman (Economia 2008): Toda a gente anda enganada ao defender que «a educação é a chave do sucesso económico».
Provavelmente ao referir-se à educação, P. K. estará a referir-se à instrução, pois sem a primeira os valores civilizacionais soçobrariam.
No essencial, o que P. K. vem demonstrando é que a maioria das formações de nível superior perde, em termos de desempenho, para os computadores que, de forma mais célere e eficaz, efectuam a maioria das tarefas sejam elas de rotina ou não…
Deste modo, o aumento do número de anos de escolaridade ou a acumulação de cursos de nível médio ou superior é apenas uma forma de empatar um número cada vez maior de indivíduos, impedindo-os de, pelas suas próprias mãos, construírem uma nova sociedade que assegure os direitos essenciais a todos os cidadãos…
Precisamos, assim, de redefinir os projectos de empregabilidade, rever e diferenciar os conceitos de educação e de instrução, a respectiva duração e, sobretudo, os lugares e os actores da formação…
O sistema de formação actual é um monstro devorador de recursos que gera cada vez mais insatisfação e potencia episódios de revolta cujo último recurso será o retorno à barbárie, independentemente dos níveis de literacia…
PS: Da imbecilidade que nos cerca, não vale a pena falar porque, afinal, há cada vez mais casos de pessoas instruídas a quem falta o mínimo de educação e, por outro lado, também há muita gente educada a quem falta a necessária instrução…
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