Todos os dias o Sol finge que nasce e, ao despertar, para nos enganar, fá-lo sempre de modo diferente. E nós, sempre do mesmo modo, fingimos que a pequenez não nos afecta, que a prosápia não nos coage, que a astúcia não nos inibe…
Resignados, ouvimos convicções inatacáveis, ideias secretas…
e sorrimos
dos aplausos bajuladores, das histerias beatas…
e dos que têm ideias só para os outros concretizarem…
e dos que propõem interpretações fantasiosas…
e dos justiceiros prontos a empunhar a espada!
(Fingimos e a alma morre! A sorte é que o Sol não finge o seu curso…)
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