6.12.15

Afinal, os gatos não são todos iguais

Nenhuma das fotos revela o que me passou pela mente.
A primeira esconde que os gatos avistados são sete, só que, inicialmente, pensei que seriam os mesmos sete de ontem, que teriam mudado de sítio. Desta vez, estariam separados, talvez, porque a disciplina de um dia se tivesse transformado em desordem... Esquivos, pareciam temer-me.
Enquanto pensava na indisciplina felina, fui avançando, atento à cor amarelada e avermelhada das árvores exóticas que ladeavam apressadamente os prédios, três ainda em construção - tempo previsto: 24 meses - mas em fases diferenciadas, apesar da simetria do projeto...

Até que a hipótese de me ter cruzado com sete gatos nómadas (há quem pense que são vadios, curiosa associação!) se esfumou nas palavras, que não na mente, pois no lugar de ontem avistei a jovem benfeitora, e logo suspeitei que não estaria sozinha naquele recanto. Esperei, pouco discreto, que ela se afastasse, o que acabou por acontecer - ela regressou ao prédio a que pertenceria, de acordo com o conveniente sedentarismo que nos separa dos vadios...
Dei sete passos, e lá estavam eles, não sete, mas nove gatos.
Afinal, os gatos não são todos iguais e nem sempre são os mesmos, o mesmo acontecendo com os benfeitores.  

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