Bion (1970*) considera que a dor é o que se instala quando o paciente não tem capacidade de sofrer.
Na minha perspetiva, a incapacidade de sofrer transforma em dor estados de morbidez que só poderão ser ultrapassados através da mudança de atitude.
De certo modo, tudo o que perturba o paciente é por ele atribuído à dor, procurando consequentemente um remédio imediato, o que explica o sucesso da indústria farmacêutica.
Sempre que entramos numa farmácia, verificamos que elas estão cheias, como se fossem um supermercado.
Em muitos casos, a conta da farmácia ultrapassa a do supermercado e ninguém se interroga sobre esta realidade.
O medicamento acaba por fazer parte do cabaz hedonista. O estoicismo tem cada vez menos seguidores.
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