10.2.19

Os novos exorcistas

Em tempos, aprendia-se que havia uma função mágica da linguagem própria de certos cerimoniais… Os exemplos eram conhecidos de todos - uns angélicos outros satânicos… No caso, a magia era o que menos importava, apesar da iniciação ser publicitada para os devidos efeitos - religiosos, civis, profissionais…
A magia da palavra sobrepunha-se a qualquer descrença, desacordo ou até inabilidade. Podia até limpar o pecado original, mas não o fazia esquecer… A magia da palavra vivia nas formas simples, da adivinha ao conto, sem esquecer o provérbio.
Estas formas simples representavam o modo de estar e de pensar de quem as criou sob a capa do anonimato involuntário e, em geral, eram transmitidas, para o bem e para o mal, de geração em geração.
Entretanto, os novos exorcistas abriram uma nova frente. Querem eliminar os provérbios e, sobretudo, querem ser eles a liquidá-los… (Estudá-los nem pensar!)
Já estou a ver uma quantidade de obras artísticas a serem queimadas em nome do bem comum do momento.

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