29.10.19

O Jardim (a escola) de Epicuro

Epicuro (341-270 a.C.) Ateniense, apesar de nascido em Samos. De saúde frágil, suportou 'estoicamente' a dor durante muitos anos.
Em 306, estabeleceu a sua escola filosófica (o Jardim) em Atenas, com o objetivo de promover a philia, a amizade e a felicidade.
Em termos de doutrina, Epicuro nega a providência divina dos estoicos, admitindo a existência de deuses que, no entanto, não se preocupam com o homem. 
Ao contrário da lição corrente, o seu epicurismo nega o deboche por causa do sofrimento que ele acarreta, e a felicidade só  existe se for expressão da ausência de paixão e de perturbação, equivalendo à ataraxia interior do filósofo, que, assim, o aproxima dos deuses.
Em termos de vida pública, o epicurista deve viver, escondendo-se.
De destacar que sete mulheres integraram a escola de Epicuro. Só uma era casada; as restantes eram prostitutas que teriam renunciado ao seu ofício, ao converterem-se à filosofia. Na época, o facto de o Jardim acolher mulheres e escravos era escandaloso.
(Bibliografia: Maria Helena U. Prieto, Dicionário de Literatura Grega, Verbo, 2001)

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