23.11.19

Em linhas quebradas

Do que sei, não sei, a não ser esta vertigem de associar os contrários sem qualquer efeito prático, pelo menos inteligível…
Resigno-me na ideia de que outrora sabia, mas como se o esqueci, eu que sempre defendi que só sabe quem não esquece.
À minha volta, são tantos os que não esquecem, e poderiam ser bem mais se eu os não tivesse esquecido.
Tudo parece estar bem, não fosse essa ideia de perda que, por vezes, se transforma em fulgurações instantâneas, pleonásticas e absurdas.
Desadormeço e fico à espera desse retorno que, enquanto for dia, se revela impossível, a não ser em linhas quebradas…

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