15.5.20

Numa avenida de Lisboa

Nesta avenida - que exagero, não passa de uma rua com dois sentidos!- por volta do meio-dia, torna-se difícil circular, de carro ou a pé…  Há veículos em segunda fila um pouco por todo o lado, e nos passeios, amontoam-se pessoas de todas as idades para comprarem o almoço pronto a devorar… Parece que já ninguém se dá ao trabalho de cozinhar!
Como não se entra nos estabelecimentos, fica-se nas imediações a cavaquear… as máscaras sobem e descem, de acordo com o grau de estranheza. Se caem ao chão, depois de uma sacudidela, voltam a ser colocadas ao pescoço e depois, sobem à boca e ao nariz, mas não totalmente, não vá o ar esgotar-se.
Nesta avenida de Lisboa, os comportamentos não divergem dos, por exemplo, da avenida de Moscavide. E curioso, quando penso nisso, apercebo-me que ambas são encimadas pela respetiva igreja…, uma mais rica, outra mais pobre, tal como os fregueses do estômago e dos deuses.

Sem comentários:

Enviar um comentário