«Quando dos centenários arrastamos corpos pesados do seu próprio esquecimento, devemos pensar se eles foram autênticos desesperados; se eles tiveram no sangue essa fecunda frescura das chuvas novas, ou se levantaram apenas iras, próprias dos melancólicos.
Só os amados se devem ressuscitar. Outros, ainda que ávidos do seu século, rigorosos com o saber e o ajuste dele à ocasião e ao meio, não se chamem, não se convoquem, não se recuperem para outras eras e costumes. Pois o ódio nunca se extingue, se uma vez foi descoberto; ele é como a esperança, mistura-se a tudo o que é disponível, à beleza mesma e ao desejo do bem.» Alegria do Mundo II, Argila e Bronze...
Se a verdade e o amor podem ser extintos, o ódio nunca prescreve.
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