5.1.25

vezes sem conta forçada

As palavras poucas
agora desnecessárias

só a imagem desfocada
um corpo exaurido
de sucessivos dias de entrega
vezes sem conta  forçada

as palavras  
mudas então

1.1.25

Quando saio...

Um pardal veio morrer

junto ao carro da doutora.

Talvez procurasse veterinário!

 Será que só os pardais morrem?

 Não penses que, quando saio,

a comprar o pão…

o faço por obrigação...

Vou ouvir os pássaros.

E hoje não há pão!

É Dia Mundial da Paz.

Onde?

Não é verdade!

Os homens morrem que nem estorninhos…

E o pão é possível comprá-lo nas vendas asiáticas...