30.3.11
As margens dos rios…
28.3.11
NADA mesmo…
NADA mesmo…
27.3.11
Movimento, cor e pólen…
Carros antigos domingueiros desafiam a ponte metálica… e rodam garridos numa terra deserta sob um céu plúmbeo.
Passemos ou não,
os êmbolos,
engrenagens
quase eternas;
ao lado,
casas
desabitadas,
antenas
desorientadas…
outrora,
agora,
com ou sem
roda, comboio,turbina,
o zângão fecunda,
morre.
(Infelizmente, também há o zângão estéril que sobrevive!)
O outro visto por Pepetela e por João Tordo
E se a ficção coincidir com a realidade? Só a lonjura do exílio poderia criar o equívoco, mas, de facto, é sempre possível encontrar um Jeremias Cangundo nem que seja nas LETRAS PERIGOSAS de Pepetela, que, nesta “estória”, continua a ajustar contas com os escritores aburguesados que, depois de longo exílio voluntário, regressam à procura de reconhecimento e dinheiro…
Partir, por cobardia ou por força das circunstâncias, pode trazer problemas inultrapassáveis. Nunca sabemos quem iremos encontrar. E, sobretudo, se acreditarmos que o outro é, por natureza, acolhedor.
A verdade é que, em terra estranha, a diferença de pele, de religião, de língua pode trazer ódio, perseguição e morte. ELSA, narrativa de João Tordo, retrata exemplarmente a vida de um emigrante africano numa sociedade multicultural como a britânica, tradicionalmente acolhedora e, simultaneamente, segregadora… o apartheid continua vivo, apesar de politicamente inaceitável…
PS: A D. Quixote lançou, em 2009, a antologia “Em Busca da Felicidade”, constituída por dez “flores”, apesar de algumas já terem nascido murchas. No entanto, vale a pena colhê-las.
/MCG
26.3.11
Apesar da chuva
24.3.11
Al-quadus (balde de nora)
Ainda não passaram 24 horas, mas já se enxerga um alcatruz alaranjado cheio de professores! Quantos são? Quantos são?
Entrámos na Primavera laranja!
Resta saber se também fazem aprovar a demolição de todos os gabinetes, entretanto, criados para gerir e supervisionar o processo de avaliação!
23.3.11
Alcatruzes…
Todos dizem que são precisas medidas imediatas para resolver a crise financeira. Uns com o FMI, outros sem o FMI. Todos confiam no povo português… e este confia em quem? em D. Sebastião? na Nossa Senhora de Fátima? nos jovens à-rasca? no jogo do pau?
A verdade é que o povo não existe. Nunca existiu!
O povo mais não é do que um mito romântico que tem justificado um conjunto de “causas” de grupos mais ou menos organizados para a conquista do poder.
A nora já começou a rodar… e os alcatruzes já estão a postos para secar a mina! Inexoravelmente, uns descem e outros sobem…
PS: Afinal, o Presidente da República sempre tem «margem de manobra»: deu 48 horas a Sócrates para que seja ele a estender a mão aos «amigos» europeus!