O «rating» português está à beira de ser classificado como LIXO! E tudo porque não sabemos valorizar o capital simbólico. Governados por especuladores sem alma, perdemos, a cada dia que passa, os valores e o património edificados durante um milénio. Incapazes de banir os videirinhos que já se aprestam a manter ou a reconquistar as cadeiras do poder, continuamos a assistir ao descalabro económico e financeiro do país sem perceber que é tempo de lançar mãos à obra. Em termos imediatos, precisamos de aprender a identificar os videirinhos, afastando-os do poder nas eleições de 5 de Junho. E outra forma de inverter a presente situação passa pela criação de um movimento geral de rejeição das importações. Há um número ilimitado de produtos (e de ideias!) supérfluos de que podemos facilmente abdicar! E para delinear essa estratégia , precisamos de novos governantes para quem o capital simbólico represente um trunfo e não um fardo! |
1.4.11
Videirinhos…
31.3.11
De regresso a Sintra
30.3.11
As margens dos rios…
28.3.11
NADA mesmo…
NADA mesmo…
27.3.11
Movimento, cor e pólen…
Carros antigos domingueiros desafiam a ponte metálica… e rodam garridos numa terra deserta sob um céu plúmbeo.
Passemos ou não,
os êmbolos,
engrenagens
quase eternas;
ao lado,
casas
desabitadas,
antenas
desorientadas…
outrora,
agora,
com ou sem
roda, comboio,turbina,
o zângão fecunda,
morre.
(Infelizmente, também há o zângão estéril que sobrevive!)
O outro visto por Pepetela e por João Tordo
E se a ficção coincidir com a realidade? Só a lonjura do exílio poderia criar o equívoco, mas, de facto, é sempre possível encontrar um Jeremias Cangundo nem que seja nas LETRAS PERIGOSAS de Pepetela, que, nesta “estória”, continua a ajustar contas com os escritores aburguesados que, depois de longo exílio voluntário, regressam à procura de reconhecimento e dinheiro…
Partir, por cobardia ou por força das circunstâncias, pode trazer problemas inultrapassáveis. Nunca sabemos quem iremos encontrar. E, sobretudo, se acreditarmos que o outro é, por natureza, acolhedor.
A verdade é que, em terra estranha, a diferença de pele, de religião, de língua pode trazer ódio, perseguição e morte. ELSA, narrativa de João Tordo, retrata exemplarmente a vida de um emigrante africano numa sociedade multicultural como a britânica, tradicionalmente acolhedora e, simultaneamente, segregadora… o apartheid continua vivo, apesar de politicamente inaceitável…
PS: A D. Quixote lançou, em 2009, a antologia “Em Busca da Felicidade”, constituída por dez “flores”, apesar de algumas já terem nascido murchas. No entanto, vale a pena colhê-las.
/MCG