30.5.06
Homens que nunca tiveram escrúpulos...
29.5.06
Exclusão e desertificação
28.5.06
Nunca soube...
27.5.06
Os galheteiros
«O que faz suspeitar que os pedagogos não gostam é dos autores que ficaram no programa, estão a querer comprometê-los aos olhos dos putos e, na próxima reforma, catrapus, tudo dos textos dos media. Para já, a lírica de Camões fica diluída em “aspectos gerais” e “Os Lusíadas” passa a fazer galheteiro com a “Mensagem”, talvez para o Pessoa ser o azeite que ajude a tornar o vinagre do Camões mais palatável, mais actual.» Helder Macedo, Público 28/09/200126.5.06
Ensinar-lhes a mentir...
25.5.06
Ó Terra, a arte está tão perto e eles já o sabem...
24.5.06
Escrever é um registo maçónico...
Saramago coloca-se, com Memorial do Convento, na rampa iniciática do Grande Arquitecto maçónico, que com o esquadro e o compasso determina a estrutura e os limites do céu e da terra.
No entanto, o seu convento não é o convento de D. João V, apesar de ‘João’ ser o nome próprio dos santos padroeiros da maçonaria (S. João Baptista e S. João Evangelista). Santos esses que Saramago poderia ter associado ao deus Jano Bifronte, que tinha a faculdade de ver o passado e o futuro. Porém, o projecto de Saramago era o oposto: mostrar a cegueira do rei ao mandar erigir o convento.
O convento é fruto do sonho megalómano de um rei que gostaria de ser o Grande Arquitecto e de um vicioso sonho da província franciscana. D. João V continua, ainda hoje, a construir infantilmente o puzzle da Basílica de S. Pedro de Roma enquanto que os franciscanos jamais poderão dar uso às 300 celas que lhes foram destinadas!
Para Saramago, a Basílica não se projecta para os céus. O que lhe interessa são as fundações – o que acontece na terra dos homens que, forçados, se vêem envolvidos num projecto em que não se revêem.
Mas, na outra frente (janela) da obra, encontramos os "franc–maçons" que, de facto, se projectam para os limites do céu: Sebastiana Maria de Jesus, António José da Silva, Domenico Scarlatti, Blimunda (Sete-Luas), Baltasar Mateus (Sete-Sóis), o padre Bartolomeu Lourenço ( o arquitecto-voador).
Em qualquer destas figuras, notamos, e de acordo com as suas competências, uma visão niveladora, um gesto criativo, uma vidência letal e regeneradora, um braço fautor de morte e de vida, um espírito torturado e inventivo.
A ambição de Saramago é um construir um memorial em cuja pedra se materializem todas as incoerências dos grandes e todos os sonhos dos pequenos. Ele quer ser a voz dos esquecidos, dos perseguidos, dos desterrados, dos executados em todos os autos-de-fé. O Grande Arquitecto.
22.5.06
Há algo de errado em Al-Kassar!
21.5.06
Alcácer do Sal, em Maio...

19.5.06
Esta pressa de florescer...
18.5.06
Gigantes ou anões...
17.5.06
- Pode ser a sombra de um fulgor!
15.5.06
Estaremos, de facto, a digitar?
14.5.06
E talvez possamos um dia ser contemporâneos de nós próprios!
Sérgio Tréfaut, nascido em 1965, no Brasil, filho de pai português e de mãe francesa, realizou em Portugal um documentário que deveria ser objecto de estudo nas escolas portuguesas - LISBOETAS, 2004. 13.5.06
Para além da querela entre o ensino da língua e o ensino da literatura...
11.5.06
Esta enfadonha realidade
9.5.06
Entre a espada e a rosa...
8.5.06
Bem sei que a caruma se acama ou combusta facilmente...
(Se os predicados parecerem insólitos, asseguro que isso é fruto do pouco uso! Absolvidos os predicados, regressemos às coisas difíceis.)
Bem sei que a caruma se acama ou combusta facilmente e, por isso, não se lhe pode exigir que cultive a memória. Mas nem mesmo assim me conformo que não haja uma efectiva aposta no estudo da História dos séculos XIX e XX.
Perante o quadro de Francisco Goya que retrata os desmandos dos exércitos napoleónicos, os alunos do ensino secundário empastelam russos, pides, judeus, nazis, jesuítas, familiares-do-santo-ofício e até cenas de filmes belicistas a-não-ver.
Felizmente, são quase todos contra a guerra, embora desconfiem que sem ela o mundo não avançaria.
E por isso, numa primeira oportunidade, estão prontos a mudar de campo, pois como bem sabemos todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha.
7.5.06
A máscara que chora...
6.5.06
1961, a preto e branco
5.5.06
Raras e difíceis coisas dignas de atenção
4.5.06
Explicação
3.5.06
Há dias...
1.5.06
A disponibilidade da caruma
