Em 2008, com o objectivo de optimizar os recursos, o Ministério da Educação começou por reduzir a metade os centros de formação de docentes e não docentes. Promoveu candidaturas de centros e directores. Colocou a máquina em marcha…
No entanto, hoje verifica-se, por exemplo, que um centro de formação que acolhe 2 185 docentes, apresenta uma oferta de formação diminuta para o universo que cobre, excluindo à partida os funcionários administrativos. Por outro lado, essa oferta terá que ser cumprida até 31 de Dezembro de 2009.
(Se observarmos as acções propostas, rapidamente percebemos que o ensino da língua materna e da literatura portuguesa, no ensino secundário, é completamente esquecido: o ensino da gramática (da TLEBS) desapareceu; as metodologias são ignoradas…)
O quadro de formadores é reduzido e voluntarioso; o calendário das acções está condicionado pela distribuição de serviço para 2009-2010; muitos dos formandos não poderão frequentar as acções porque estas decorrem entre as 17:30 e as 22:30 horas, de 2ª a 6ª feira.
Em termos de avaliação do desempenho, os funcionários do M.E. estão, desde já, prejudicados: a maioria não poderá beneficiar da formação exigida para corresponder às novas exigências da globalização. E quanto a qualidade, nem vale a pena sonhar…
Não tendo o M.E. capacidade para implementar um plano de formação nacional, mais valia reconhecê-lo, dando autonomia aos directores das escolas para definirem e aplicarem o plano necessário a cada "unidade orgânica".
E claro, ao M.E. competiria a selecção dos directores capazes de interpretarem as necessidades de formação dos docentes e não docentes… num cenário de uma política educativa consensual e suprapartidária posta ao serviço da educação e da formação das novas gerações…
E pela amostra do que ou(vi), hoje, numa reunião de uma comissão pedagógica de um "novo" centro de formação da capital, não vamos a lado nenhum…
(A mim, nem já a ironia me salva! E ainda há quem afirme que 2009 é um ano decisivo para Portugal! Decisivo?)
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