«Queirólogos» de serviço: José Hermano Saraiva; António Valdemar; Agustina Bessa-Luís; João Gaspar Simões, José Régio, Maria Filomena Mónica - todos eles se servem de Eça de Queiroz, revelando poucos escrúpulos e bastante ignorância, para não dizer má-vontade. A argumentação é inócua e, por vezes, ao sabor da época e reveladora de traumas pessoais...
Tudo isto é dito pelo bisneto, António Eça de Queiroz, na obra Eça de Queiroz e os seus Clones, Guerra e Paz, 2006.
António Eça de Queiroz procura rebater os argumentos dos detratores do ilustre escritor, no que respeita ao seu nascimento, às relações familiares, às imaginadas taras e, até, à suposta falta de originalidade.
Mesmo que, em alguns casos, o objetivo não fosse diminuir a grandeza de Eça, o facto é que o biografismo e a psícocrítica são métodos redutores.
Por outro lado, o bisneto, António Eça de Queiroz, também, se insurge contra as várias adaptações "mexicanas" a que a obra tem sido submetida, pois o critério principal é satisfazer as taras do público e enriquecer à conta do nome de Eça.
Uma leitura descomprometida desta obra ajuda a compreender um pouco melhor a "verdadeira " biografia de Eça, designadamente a partir do capítulo V - Uma trisavó tremenda. Tal como ajuda a compreender a atmosférica política, diplomática e cultural de boa parte do século XIX...
Eça de Queiroz e os seus Clones é uma obra que os jovens estudantes, condenados a ler OS MAIAS, deveriam ler:
« Ora o Eça do programa - e o mesmo se passará com muitos autores - encontra-se desde tempos quase imemoriais preso a OS MAIAS, como um velho brigue atascado no lodo duma qualquer baía de mares desconhecidos.»
Pois é.....
ResponderEliminarWenceslao Fernández Flórez, gran admirador de José María Eça de Queiroz.....
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