Declaração Universal dos Direitos do Homem (1949), Art. 1º
Nas escolas, os alunos são convidados a escrever textos argumentativos, mas, em geral, não o conseguem porque, em primeiro lugar, não dominam o assunto e, principalmente, não o enquadram nem o aprofundam. Acreditam que basta pegar numa folha de papel e aplicar uma qualquer receita. Claro que a maioria fracassa!
O que aqui registo são meia dúzia de ideias que dirijo a aluna desesperada que não consegue escrever um texto argumentativo:
Todos nascemos iguais, mas não crescemos livres e iguais em dignidade e direitos.
Tradicionalmente,
a maioria das mulheres vivia numa situação de tal dependência económica do
marido ou, mesmo, do pai, que os direitos humanos não se lhes aplicavam,
designadamente o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem
Depois da
segunda Guerra mundial, as mulheres desempenharam um papel importante na
reconstrução dos países. As mulheres passaram a estudar e, sobretudo,
passaram a ter uma carreira profissional, o que lhes trouxe independência
económica.
No entanto,
a independência económica da mulher não lhe garante a igualdade de direitos no
agregado familiar, porque o homem (e a mulher) não foi educado para uma relação diferente da
que vivera na família em que nascera… (uma das causas da violência)
Entretanto,
a globalização trouxe o consumismo e a precariedade no emprego e na vida
quotidiana. Uma precariedade que passou a atingir ambos os sexos.
É neste
novo contexto que a insatisfação pessoal e familiar cresce, trazendo de volta o
autoritarismo e a violência do mais forte contra o mais fraco.
Volta a
colocar-se a questão de saber como combater a violência doméstica, ela própria
fruto da desigualdade social, económica…
Assim, pode
defender-se que a educação é uma das soluções contra a violência. Deste modo, é preciso alterar radicalmente o paradigma educativo.
A escola
atual não satisfaz minimamente este objetivo. Basta pensar nos casos em que os
namorados consideram normal agredir as namoradas,com a bênção paterna e materna, ou em que os alunos agridem as professoras com a cumplicidade dos pais… e das mães.
..
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