«Não quero com isto dizer que temos de ser como os franceses. Apenas digo que temos margem para tornar o nosso acesso ao ensino superior mais justo. Seja por via de acesso livre (entram todos os que concluírem o secundário) ou por via de dar às instituições autonomia para escolher os alunos (o que me parece mais exequível).»
Artigo de A.H.C.:E se as notas não contassem para entrar na Universidade?
Gosto imenso de ler as reflexões deste cavo pensador, sobretudo quando estou aborrecido e desligo o televisor para não ter de esbarrar com o PP ou o PC ou a ML ou a PTC , isto sem falar dos comentadores ajumentados ( peço desculpa, se soar a jumentos...)
Desta vez, por um instante, concordei com o Homem: - Para quê exames de acesso à Universidade? Que maçada! Entram todos e pronto... ou será prontos?
Passado o devaneio, dei comigo a pensar que o Homem de Cristo (!) poderia ter apresentado um argumento ainda mais convincente: - Para quê exames de acesso à Universidade se, à saída da mesma, as classificações e os diplomas obtidos não servem para nada?
Como se teima no Ensino Secundário, para um bom argumento é necessário um exemplo certeiro! Ora que melhor exemplo que o do Ministro Crato que se está borrifando para as classificações de mestrados e doutoramentos e já marcou a data do próximo exame para 20 de dezembro, precisamente nas mesmíssimas universidades que tanto despreza!
Há, no entanto, um lado positivo, na proposta cartesiana deste cavo pensador: Acaba o desemprego docente no ensino superior. Ou será inferior?
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