« A relación clientelar é um mecanismo de aceso dircto e inmediato ós recursos do poder que non está mediado por institucións nin por valores formais e se basea no apoio e intercambio de favores persoais que xeneran benefícios instrumentais recíprocos.» Raúl Soutelo Vásquez
Está tudo dito! Já era assim no tempo de Camões! O único valor que movia a ação humana era o dinheiro. A sede de poder entroncava no desejo de riqueza (na cobiça) e o caminho mais rápido era o favoritismo.
Ser favorito trazia fama e, principalmente, benefícios. Ser favorito significava ter acesso direto ao Rei, ao Senhor, ao cacique mais próximo...
E, afinal, em que é que este século se distingue dos anteriores? Nada.
Agora que se aproximam as eleições, a cobrança já está em marcha, com velhos e "novos" cobradores: caciques de renome e arrivistas e 'impolutos'...
Resta saber quem cobra mais, embora se saiba que quem distribuiu mais prebendas parte em posição privilegiada.
Por outro lado, talvez fosse útil procurar, nas redes clientelares, a explicação para a situação de calamidade financeira em que o país está atolado.
A economia paralela (clandestina) só é possível nos países em que o clientelismo é dominante.
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