Não sei se o homem tem alguma falha de carácter, critério, para mim, fundamental para avaliar as palavras e os atos de quem se propõe gerir a res publica, no entanto, pelas respostas que deu durante a entrevista, parece-me ser um português genuíno, para quem, a questão essencial é a visão estratégica assente na produção de riqueza e consequente criação de emprego.
Por outro lado, das suas palavras depreendi que as direções partidárias (e não só!) afastam todos aqueles que, pela sua idoneidade e experiência empresarial ou outra, lhes podem fazer sombra...
Não é a primeira vez que dou atenção às palavras de Henrique Neto, mas, hoje, confirmei aquilo que anda longe de ser praticado: o debate político deve assentar no compromisso escrito quer de quem questiona quer de quem tem obrigação de responder. E se compreendi bem, os governantes dos últimos 20 anos não sabem escrever, pois não respondem por escrito às interpelações...
Ou, em alternativa menos simpática, temos sido governados por homens sem carácter que, quando recorrem ao texto escrito, mais não debitam do que o que lhes foi escrito pelos assessores... aliás, também, o fazem quando, com recurso ao teleponto, discursam nas capelinhas...
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