Quero escrever atos "subversivos" e começo por hesitar; paro em 'sub', indeciso quanto à sequência, ainda avanço para 'vers', mas algo me faz estancar: a imagem parece não corresponder à ordem mental, um pouco como se o cérebro desse uma ordem e a mão não soubesse como cumpri-la; numa fração de segundo que, no contexto, se assemelha a uma eternidade, corrijo e escrevo "revolucionários"...
Grande parte do grupo mantém o silêncio, talvez por compaixão; há, no entanto, um ou dois sorrisos espontâneos, rasteiros, daqueles que não perdoam...
Vivemos num interminável ajuste de contas em que deixámos de ser capazes de dar valor à compaixão e apenas amplificamos o ruído em que, por vezes, somos obrigados a mergulhar...
Esse é o lado obscuro da vida, aquele que nos faz desistir como trapos atirados para bem longe. E o queixume de nada serve, porque já não compreendemos o valor dos 'atos subversivos'...
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