«Se entronizamos a mediocridade, que nada tem de áureo, como esperar que os autênticos padrões de valor sejam reconhecidos e respeitados? Ao elevarmos tudo ao nível da consagração, não estaremos antes nivelando... por baixo?» José Rodrigues Miguéis, O Espelho Poliédrico, Aforismos & Venenos de Aparício (IV), pág. 313, Estúdios Cor, 1972.
Em 1972, José Rodrigues Miguéis, escritor mal-amado, talvez pela sua vertente 'estrangeirada' ou, simplesmente, por desleixe e ignorância de quem "gere" a cultura portuguesa, insurgia-se contra a mania da entronização da mediocridade.
(Por uma razão que desconheço sempre valorizámos a 'mediania dourada' / 'aurea mediocritas'.)
(Por uma razão que desconheço sempre valorizámos a 'mediania dourada' / 'aurea mediocritas'.)
Felizmente para ele que se ausentou deste reino onde existem tantos tronos que deixámos de saber quem nos desgoverna!
No essencial, o anonimato de J.R. Miguéis é fruto da mesma preguiça atávica que leva, por exemplo, os "bons alunos" a ignorar a exigência de apresentação, a tempo e horas, de um rascunho orçamental às instâncias europeias.
Em princípio, o 'bom aluno' deveria ser aplicado, responsável e cumpridor...
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