10.2.16

Um silogismo manhoso

Não nos é permitido  aumentar a despesa pública. Porém, para fomentar a economia, a aposta principal centra-se no aumento do consumo, sem agravar a dívida...
Para atingir o objetivo, o Governo propõe-se reduzir o número de horas de trabalho, sem prejudicar o serviço prestado - em regra, mau. Propõe-se, também, só contratar um funcionário por cada dois que deixem a função pública e, sobretudo, defende que as escolas devem acolher as crianças e os jovens, de manhã e de tarde. E porque não à noite?
Eu, por exemplo, vivi em regime de internato durante cinco anos e meio e quero crer que lá em casa ninguém deu pela minha ausência. Não sei se o Governo da época também apostava na diminuição de funcionários para reduzir a despesa, mas ainda me lembro que havia um número razoável de prefeitos (ou similares) que zelavam pela disciplina. Sim, porque o importante era a disciplina!
Por aquilo que vou ouvindo, a disciplina hoje já não será um problema, desde que a criança e o jovem estejam ocupados a fazer aquilo para que têm natural inclinação que, como se sabe, anda longe da aprendizagem do português, da matemática, das línguas estrangeiras, da filosofia, da programação, da física, da biologia...
Estou, no entanto, sem saber se o Governo pensa reciclar os professores, transformando-os em animadores infantis, culturais, políticos, religiosos... ou se pensa contratar quem se ocupe de vigiar os interiores e as imediações das escolas...
Para contratar sem aumentar a despesa, o melhor é despedir os professores ou aposentá-los com vinte ou 30% do vencimento...

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