25.10.16

A arte e a bestialidade humana

Conhecer o território? Compreender as migrações, forçadas ou não, e o seu contributo para a dignificação, por exemplo, da mulher nas cortes do nordeste peninsular? Perceber que a cortesia ( o amor cortês) foi essencial para a elevação da condição feminina na Idade Média pouca interessa...
Afinal, em termos civilizacionais, a arte parece ser pouco mais do que um ato gratuito, fruto da ociosidade de alguns, privilegiados, ou um serviço prestado a um mecenas, ávido de glória terrena e de reconhecimento eterno.
E mesmo que assim fosse, a boçalidade reinante é tão impulsiva que falta o tempo para olhar o passado como lugar e tempo de aprendizagem... Porém, sobra tempo para dar expressão a tudo aquilo que a Arte, desde sempre, procurou combater: a bestialidade humana.

(Este apontamento assinala os hiatos em que a voz se cala para ouvir as verdades babélicas que crescem sem qualquer freio... Se as deixarmos à solta, a Torre acabará por ruir.)

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