Gosto da forma assertiva do Salvador Sobral, pois ele parece lidar com um problema tão nuclear que todos os outros se tornam insignificantes ... Há algures uma sereia que o arrasta, perigosamente.
Essa sereia também nos encanta, só que, no meio da diversidade dos nossos problemas, torna-se de tal modo inaudível que nos arriscamos a soçobrar sem apelo...
Salvador, um pouco como Ulisses, concentra toda a sua energia em captar e incorporar a melodia, sem deixar de estar acorrentado ao mastro primordial.
Nós, pretensamente, libertos das correntes, continuamos no reino da crença e da magia, à beira do precipício, como se o dia seguinte pudesse ser igual ao anterior, suspensos...
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