20.8.20

Não ter a quem servir

Não é um juízo! Pelo menos, livre. Apesar da rebeldia, que imaginava legítima, tudo o que dizia, mais do que fazia, era sempre uma resposta, embora não fosse confrontado…
Se a morte do estímulo acontecesse, a revolta perdia motivação e, no lugar dela, sobejava somente desorientação ou, em muitos casos, teimosia que, por vezes, era lida como convicção.
Não ter a quem servir aborrece-o!
Falta-lhe um rosto, mesmo se irado, mesmo se oculto. 
Paradoxalmente, hoje, serve um bicho invisível que o obriga a cumprir um dos objetivos da retórica - instituir a distância, estar atento aos movimentos do outro para que haja lugar para o confronto. 
O confronto e não o consenso! Como se a vida da Terra dependesse da eliminação quotidiana da memória…

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