17.9.09

Quando dizer não é fazer…

«Se os ouvintes ouvem uma coisa e vêem outra, como se hão-de converter?» Padre António Vieira, Sermão da Sexagésima, 1654.

Do século XVII para o séc. XXI nada mudou, apesar de ninguém nos querer converter ao socialismo ou à social-democracia. Alìás, das ideologias já ninguém fala.

Fazendo tábua rasa do passado, isto é, das acções passadas, os lideres exortam-nos a ouvi-los, mesmo que nada digam, nada expliquem do que se propõem fazer.

De facto, sem doutrina, sem acção e sem exemplo nada pode ser posto ao serviço da colectividade.

1 comentário:

  1. Este continua a ser, sem dúvida, o problema de hoje, o mesmo de ontem e de antanho.
    Como hão-de os eleitores ter confiança nos políticos e na política se, passado o escrutínio, as palavras (ou a palavra) perdem o seu sentido primeiro para darem lugar, não à metáfora, mas à aldrabice.
    Apregoa-se de mansinho 'uma coisa' para, de regresso à realidade (reiniciada sempre no dia seguinte ao fecho das urnas), reintroduzir nas promessas uma 'outra coisa', e 'essa coisa', ao invés do poema, nunca é mais bela...
    Bem pregava Vieira (e antes dele Frei Cristóvão de Lisboa), mas a surdez dos homens é grande, como a sua estultícia...

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