Quando adoecemos tornamo-nos hipersensíveis ou a hipersensibilidade é um sintoma de doença?
Há muitos anos que esta questão se me coloca quando assisto a manifestações de irritabilidade e de agressividade mais ou menos violenta. Com o tempo, aprendi a tolerar comportamentos que a maioria das pessoas é incapaz de suportar, porque, de acordo com a minha experiência, a doença acaba por irromper, ceifando inexplicavelmente (?) as vidas daqueles que maior dificuldade de autodomínio manifestaram.
No entanto, não posso deixar de pensar que o autodomínio (o silêncio – a suspensão da voz, do gesto) acabará, um dia, por ceder… e esse dia será já de morte…
( Nestes últimos dias, de formas bem diferentes, a voz da morte soprou mais forte do que a voz da vida. )
Quando adoecemos (i.e., quando o mal nos bate à porta), tornamo-nos tão-só 'diferentes'.
ResponderEliminarDepois, passada a enfermidade, umas vezes tendemos com o tempo a esquecê-la, outras vezes teima ela em constantemente nos lembrar a fragilidade da vida.
Se nisto há hipersensibilidade ou não, não sei, sei apenas que nos olhos dos outros o fim se afigura em nós sempre mais difícil...