27.9.09

Amanhã é outro dia…

Às 8 horas em ponto compareci na mesa de voto nº 10, na Portela, Loures. E votei em consciência e em liberdade! Mais diligente do que eu só a senhora presidente da Junta, candidata à presidência da Câmara que, no seu passo decidido, acompanhava idosos pontuais, mas que não sabiam em que mesa de voto deveriam colocar a “cruz”… Por ela, nenhum deles deixaria de cumprir o seu desígnio!

E votei desapaixonadamente, liberto do espírito de vingança que absorve a lucidez de uns tantos paladinos da justiça e acaba por os atirar para becos-sem-saída.

E não se pensa mais nisso. Para quê? Amanhã é outro dia e não tem que ser o último…

3 comentários:

  1. Às oito, mais coisa menos coisa, levantei-me. Sem pressas. Hoje, particularmente, sem pressas.
    Mas daqui a pouco, em consciência e em liberdade - e isto é mesmo muito importante -, irei votar, paladino, com certeza, que este é, para mim, e pela primeira vez, um dos sufrágios mais penosos. Por ser encartado, sujeito a quotas, e saber que a teimosia passou a ser feitio.
    Amanhã, sendo outro dia, será por certo um dia igual a qualquer outro, sem dilúvio, e com oposições iguais a si mesmas, mesmo colaborantes. Com Guterres, e podendo haver governabilidade, as oposições bloquearam o mandato governativo, e depois foi o que se viu.
    As mesmas oposições (embora com distribuição diferente) espreitam, umas com boas intenções, outras nem por isso, e a maioria que sustenta o executivo, tal como o executivo, não foi capaz de dar por isso, ou deu e fingiu que não.
    Por isso se perderá a maioria, absoluta, por maioria de razão.
    Alguém se estará rindo, e logo mais à noite ainda mais. E, no entanto, e sobretudo por tudo isto, irei votar, mas penosamente, quando tudo poderia ser mais fácil e mais justo.
    Enigmático? A militância tem destas coisas...
    A. S.

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  2. Pronto, pouco passava das 12h30 quando exerci o meu direito de cidadania.
    Não comuniquei à imprensa a hora a que me deslocaria à assembleia de voto, nem creio que, se o fizesse, ela aqui se deslocasse, a Agualva, entretida que estava com o sufrágio dos líderes, que a esta hora já votaram todos e todos se pronunciaram, até Mário Soares, que apostou na sua expectativa. Que Deus o oiça, se estiver disponível para ouvir agnósticos.
    Antes que me esqueça, à saída das urnas comprei uma dúzia de castanhas - todas sem sabor, como as eleições, não parece ser ainda o tempo delas...

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  3. Afinal, Deus é grande e não é rancoroso nem ignora os agnósticos.
    Amanhã, como se previa, um novo dia, porventura mais tranquilo.

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