A comunicação social trocou o rigor informativo pela intoxicação da opinião pública. A verdade e a mentira deixaram de estar em campos opostos, de tal modo caminham de braço dado que acabam por criar um sentimento de desorientação que poderá comprometer o futuro da democracia.
Os candidatos tornaram-se inverosímeis e risíveis. O presidente da República não soube ou não quis afastar-se dos interesses partidários, perdendo muita da autoridade que lhe era reconhecida.
Externamente, o país perde credibilidade, dilui-se em contradições partidárias que hipotecam a legitimidade do Estado.
É no universo do audiovisual que se travam as maiores batalhas. Hostes de comentadores mais ou menos fanatizados manipulam / criam descaradamente factos, evidências…
A palavra, o gesto, a imagem desconcertam a cada momento, introduzem a incerteza…, tornam-nos desconfiados, descrentes, cépticos, convidam-nos a ficar em casa.
Da abstenção falar-se-á na noite de 27, mas é nestes dias que ela cresce…
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