Ontem, tive oportunidade de ver o filme-documentário Le Bal des Actrices, de Maiwenn le Besco. Um documentário sobre o universo selectivo e competitivo da vida das actrizes na vida e na tela. O documentário acaba por virar ficção, levando à simulação de revolta das actrizes convidadas, ao aperceberem-se que perderam o protagonismo. A documentarista (esposa-mãe-amiga-fotógrafa-realizadora) acaba por valorizar/questionar os múltiplos papéis que desempenha, deixando no ar uma certa insatisfação. Uma ideia de precariedade… em tons de comédia musical ligeira.
Este filme integra a 10ª Festa do Cinema Francês. Os franceses continuam a apostar em nós.
E nós, como é que explicamos a decadência da cultura e da língua francesa em Portugal? O que é feito dos nós culturais e afectivos que, pelo menos, desde o séc. XVIII, fomos desenvolvendo até 1974?
Desgraçadamente, este apagamento da cultura e da língua francesa envolve as restantes línguas românicas, gerando, por seu turno, o desvirtuamente da língua portuguesa.
Há dias em que chego a pensar que os nossos linguistas e os nossos gramáticos são de raíz anglo-saxónica!
Sem comentários:
Enviar um comentário