21.8.10

Reacções desabridas…

Venho procurando não falar de comportamentos de quem quer que seja. Afinal, quem sou eu para ajuizar os actos alheios! Numa sociedade que diariamente impõe e destrói (novos) valores, faz pouco sentido querer fundamentar as escolhas feitas por cada um de nós. No entanto, não resisto a abordar sumariamente uma situação recorrente.

Os automobilistas que, pelas mais variadas razões, decidem dirigir-se, por exemplo, de Lisboa para a Praia Grande, Sintra, deparam-se com percursos estreitos, sinuosos e perigosos, quer a partir da Malveira da Serra  quer a partir de Sintra. E sabemos que no Verão e aos fins-de-semana, o número de carros que circula nessas estradas aumenta exponencialmente! Frequentemente, os automobilistas vêem-se impedidos de circular a grande velocidade porque um recém-encartado ou um condutor mais receoso conduzem ‘pastosamente’… E como é que reagem?

Ontem, fui testemunha de uma ultapassagem desesperada em que o condutor de um jipe, concluída a manobra, imobilizou deliberamente, por duas vezes, o veículo a não mais de três metros de modo a testar os reflexos ( e provocar um acidente) do condutor que, cautelosamente, conduzia nas curvas de Colares… Hoje, numa situação parecida, tive que ouvir palavras desabridas de quem não respeita minimamente o seu semelhante…

Não é certamente agradável ficar preso numa fila de veículos em marcha lenta, mas o que é que justifica os insultos e as provocações dirigidos a quem ainda não interiorizou muitos dos automatismos necessários a uma condução segura?

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