Saio da vila de Alvor, do camping da Dourada, com uma frase na cabeça. De manhã cedo, uma agente da autoridade comentava com um almeida: «Quando chego à zona ribeirinha, e olho à direita e à esquerda (registo no relatório de ocorrências de ontem), vejo duas realidades bem contrastivas.» No essencial, esta agente relatou tudo o que eu penso sobre a vila de Alvor.
Entretanto, percebi que a agente faz acompanhar o seu relatório das devidas fotos para que o seu chefe possa, de forma documentada, interpelar quem de direito. E, também, senti uma certa ironia naquela afirmação devidamente corroborada pelo almeida que continuava a varrer o lixo que os ébrios turistas tinham abandonado na via pública…
Finalmente, continuo sem saber quem é que lê os relatórios diários dos milhares de agentes de autoridade e quais os efeitos na melhoria da qualidade de vida das populações…
(Nem só de literatura se faz o discurso!)
Relativamente a quem lê os milhares de relatórios escritos pelos agentes da autoridade, eu penso que ninguém! Que eles só ficarão amontoados lá num canto de uma sala cheia de papeis que ninguém lê, mas fica bem fazer relatórios pelo menos finge-se que alguém está interessado naquilo que se passa diariamente.
ResponderEliminarSe entretanto passares pela Quarteira, e por lá te quiseres deter (e averiguar se os contrastes se prolongam por toda a franja algarvia!), estarei por lá a partir de amanhã, sexta, para uma salada e um café - com mais ou menos literatura! Abraço!
ResponderEliminarAntónio, parece que viajo em sentido oposto. De qualquer modo se alterar o rumo, logo direi.
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