Lá dentro, não mora ninguém! A cigarra, com a canícula, libertou-se para nos dar cabo dos ouvidos. Arreliado com o canto, apetece-me exclamar como o Teixeira de Pascoaes: o ruido estridente e monótono da cigarra é literatura. Com as devidas distâncias, pois Pascoaes, no momento em que redigiu o aforismo, pensava num cão: o ladrar é literatura.
Olá Professor, já percebi que está de férias e não só. Vou tentar estar mais atenta nas aulas de Português para ver se daqui a alguns anos consigo escrever como o Professor. Até breve (o mais tarda até Setembro). Continuação de boas Férias.
ResponderEliminarAna, a vida é o melhor professor e está sempre disponível. Basta que observemos o que nos cerca para podermos escre(ver).
ResponderEliminarNão sei se o canto das cigarras (melhor seria dos "cigarros", que só eles cantam e encantam as fêmeas) é literatura.
ResponderEliminarDizem os entendidos que o seu cantar pode chegar aos 100 decibéis (a tal ponto que a si próprias o som se torna incomodativo), numa "vozearia" de horas.
Mas porque as fêmeas se deixam seduzir como canto de sereia, terá alguma coisa certamente de poesia este cantar. Embora tenhamos de convir haver também, por vezes, poesia irritante!...