Entre a Cópia certificada do iraniano Abbas Kiarostami e a exposição Res publica 1910 e 2010 face a face, na F. C. Gulbenkian, o que é que há de comum?
Nada mais do que o olhar, pois original e cópia, em si, nada acrescentam. Tudo depende do que motiva o olhar… a glória, o lucro, a felicidade ou, simplesmente, a ilusão…
E esta última, associada a uma boa dose de desespero, leva-nos a querer primeiro separar o original (inacessível) da cópia (manipulável) para depois nos agarrarmos a fantasias só nossas em que a res publica (o outro) já nada significa …
Saber se uma boa cópia é melhor do que o distante original ou se a terceira república supera a primeira não é mais do que um jogo cujo único fito é sublimar a atroz razão humana…
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