O calor das 15 horas desespera-me. Viajo no autocarro 83 e, entrementes, descubro no i uma entrevista a Helena Roseta que leio atentamente. As respostas parecem-me sinceras, revelando uma pessoa verdadeiramente preocupada com a polis. Há na Helena Roseta esperança e, ao mesmo tempo, tristeza, pois percebe-se que muita da actual pobreza resulta de sermos governados por pessoas que não conhecem o outro e, sobretudo, vivem para satisfazer os seus interesses e caprichos…
E de repente, oiço em mim: “Nós não somos o mundo!”e termino a viagem a interrogar o título de uma obra de Mia Couto “Cada homem é uma Raça”.
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