Na situação atual, toda a argumentação para satisfazer os credores incide em dois grupos de pessoas: os pensionistas e os funcionários públicos.
Eliminar os funcionários, reduzir-lhes as remunerações; hostilizar os pensionistas, cortar-lhes as pensões! Eis a tática seguida por uma argumentação construída com base na ignorância e ad ignorantiam (com apelo à ignorância).
É por isso que o governo persiste em manter de pé a RTP, cobrando e agravando a taxa de audiovisual com recurso à estratégia do cuco. A EDP é, como sabemos, o ninho em que vários cucos vão chocando os ovos que minam a soberania e sabotam a economia... Na verdade, a argumentação não pode subsistir sem canais domesticados...
O tipo de argumentação dominante é perverso porque ignora ou esconde os virtuosos que comem à mesa do orçamento, sem estatuto legal. Uma espécie de pessoal ad hoc, que começa por servir e depois se apropria, tornando-se inamovível e, se necessário, invisível.
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