24.10.13

A construção da opinião

Na minha opinião ou opinião pessoal são sintagmas nominais frequentes, mas que nada acrescentam à compreensão das estratégias comunicacionais.
No presente, a opinião é objeto de construção que, na maioria dos casos, gera comportamentos emocionais, adesões irracionais.
Por exemplo, numa simples apresentação de listas a uma associação de estudantes, a  decisão resulta da injeção de um conjunto de estímulos acrobáticos e ruidosos.
Ao contrário do que muitos defendem,  a opinião atual é esvaziada de qualquer juízo de valor. 
Numa eleição, as ideologias, suportadas pelos grupos económicos e financeiros e das suas extensões mediáticas e partidárias, injetam nas mentes fracas poderosos estímulos que as convencem de que as suas escolhas são racionais e livres...
Na verdade, raramente a opinião se revela capaz de identificar o problema e, sobretudo, de discriminar as soluções apresentadas de modo a fazer a escolha mais vantajosa para o conjunto da sociedade.
Sim, porque, na história da construção da opinião, o critério que, outrora, validava a decisão era o bem comum.
Presentemente, não há jovem que não tenha a sua opinião, embora não consiga explicar a sua origem.

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