2.10.13

Usados e aldrabados

Acabo de vir (de um postigo) de uma farmácia (de bairro), ondei comprei um medicamento no valor de 3,95 € e paguei 2,50 € de taxa de serviço noturno.
Que a Clara Ferreira Alves me perdoe, mas, hoje, vou imitar o JRS: do perfil do farmacêutico (ou seria empregado?) nada vou dizer, assim como não vou descrever o enquadramento, ou melhor, o posicionamento da fila (ou seria bicha?) diante do guiché - assim mesmo afrancesado, embora eu prefira o postigo. Mas como não havia aldraba, deixo-me levar pela neologia, apesar de aldrabado. Bem sei que era preferível ter antes usado o termo galicismo.
- Usado, porquê?
- O menino não sabe que os sapatos é que são usados? Vá, deixe-se disso, e diga comigo: «Era preferível ter utilizado o vocábulo galicismo...»
- Disso, senhor professor, aqui no meu florilégio (ou será manual?), essa palavra tem valor polissémico! Agora é que eu não percebo nada!
( Se quiserem, podem imaginar o que eu estou a pensar de certos cientistas da linguagem e da avaliação!)
Quando di-da-ti-ca-men-te explico as formas de intertextualidade, enumero-as como o JRS. Abro o catálogo. E lá vem ao lado da paródia, antes ou depois da citação e do plágio, lá vem a ALUSÃO:
O GNOMO NO JARDIM. Que belo título!
No Jardim (da Fundação Calouste Gulbenkian), vão entrando os gnomos que aspiram a ombrear com o Gigante, mas, pobres coitados, falta-lhes a estatura... e, ao contrário do JRS, nem jeito têm para entreter...

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