14.12.14

A cor da miséria

Desfeita a rotunda, subi na direção da vivenda em ruínas no centro de um terreno que, por vezes, me desperta o instinto agrário, se tal existe... Desta vez, apenas confirmei que o prédio ainda continua à venda, pois a minha atenção desviou-se para um desconjuntado número de indivíduos imóveis. Estavam defronte do Centro Cristão da Cidade, de costas voltadas para a Casa de Repouso das Irmãs...
Não me parece que este grupo esperasse pelo momento de reflexão bíblica promovida pelo Pr. Mário Rui, mentor de uma congregação do Centro Cristão Vida Abundante. Cada um daqueles indivíduos, de idade compreendida entre os trinta e os 50 anos, estava em silêncio e tinha em comum o castanho sujo e pálido...
Do outro lado da rua, adjacente à Casa da Cidade, sobre uma mesa com cerca de dois metros, eram visíveis caixas fechadas. Não muitas! Algumas senhoras sorridentes cercavam a mesa como se o banquete estivesse pronto a ser servido...
E eu passei,  pensando que a estatística governamental se deve ter esquecido daqueles homens ali parados à espera...

Sem comentários:

Enviar um comentário