8.12.14

As analogias são tramadas e fraudulentas

Somos tentados a pensar que existe um estado ou um acontecimento psíquico particular, conhecimento do lugar, que deve preceder todo o ato deliberado de apontar, todo o movimento em direção a algo. Pensem no caso análogo: "Apenas se pode obedecer a  uma ordem depois de a ter compreendido." Ludwig Wittgenstein, O Livro Azul.

As analogias são tramadas e fraudulentas! No caso em questão, apontar-se-ia o lugar referido, porque se estava a vê-lo.

Esta ideia de que existe um estado ou um acontecimento psíquico que deve preceder todo o ato deliberado sempre me atormentou. Nunca compreendi por que motivo quiseram que eu acreditasse na existência de Deus, sem que eu o tivesse visto previamente. Por outro lado, em particular para os céticos como eu, Deus ter-se-á feito substituir pelo filho, Jesus Cristo, para que nós o pudéssemos assassinar. E aí, sim! Tudo seria inteligível, só que os Judeus recusaram-se a ver no «ladrão crucificado» o Messias que, pela calada da noite, se evadiu da cova, ressuscitando...

(Esta ideia da ressurreição, que eu tomara como um poderoso mito, tal como o da virgindade de sua mãe, começa a preocupar-me. Parece que já há 4 portugueses mergulhados em hidrogénio,  de cabeça para baixo, e que terão gasto 150 mil euros cada um para assegurar o regresso à vida, logo que a ciência resolva o problema da morte. Cheira-me a intermitências da morte!)

Este parêntese tem a virtude de, por instantes, me fazer acreditar no Quinto Império e no seu imperador, Sebastião de Alcácer..., oficialmente desaparecido no areal Quibir, embora desconfie que tenha pago uma bela maquia para que o submetessem a congelamento criogénico. ( maquia: reminiscência árabe)

Quanto à obediência a uma ordem também tenho dificuldade em aceitar que haja uma qualquer relação com a compreensão prévia...
Em termos gramaticais, estamos a viver num tempo em que as correlações são desprovidas de sentido.

A talho de foice, termino com uma nova acusação a José Sócrates. Se ontem, uma casa ardeu perto do Estabelecimento Prisional de Évora, a culpa só pode ser dele. Afinal, já todos o conhecíamos como incendiário... E se ele se encontra detido perto da casa ardida, quem é que lhe poderia ter ateado o fogo?

PS. Não sei se reencaminhe este "post" para o Facebook! Estou a lembrar-me do conselho do Sócio da Área de Trabalho e Contencioso Penal de PLMJ, José Ricardo Gonçalves, no jornal i:  O Facebook - quem avisa amigo é!


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