A solução grega é irrealista porque os dirigentes do Syriza não terão com quem negociar se a vitória, amanhã, lhes sorrir. Neste caso, não espero que os vencedores decidam capitular e por isso o caminho para a violência abrir-se-á, e as comportas abrir-se-ão ao tumulto incontrolável... a não ser pela força.
A solução alemã mais não traz do que a depuração dos povos do Sul da Europa. Esta está em curso há vários anos através da ditadura do euro. E nem a recente decisão de Mário Draghi de bombear €60 mil milhões por mês sobre a Europa porá termo à "limpeza", porque, afinal, 80% dos custos ficarão a cargo dos bancos centrais de cada país, o que, para Portugal, significa uma nova forma de nos afogar.
Como tal, as próximas eleições portuguesas são decisivas para o nosso destino, no sentido em que precisamos de uma liderança que não opte nem pelo servilismo nem pela terra queimada.
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