A notícia entusiasma de tal modo os poderosos que eles correm para a arena, assemelhando-se a um grupo de delinquentes. Abraçam-se, beijam-se, dão pancadinhas nas costas...
Oficialmente solidários, percorrem a avenida, separados da turba e, amanhã, tomarão decisões como ontem...
Senhores das comunicações, dos exércitos e das polícias fazem juras de que o amanhã será mais seguro, fazendo de conta de que nada têm a ver com o mundo em que cada vez há mais seres a viver em condições infra-humanas.
(...) E os pequenos correm, também, procurando juntar-se aos grandes, mesmo se na notícia não passam do rodapé.
Estas palavras podem parecer ácidas e pouco solidárias com as vítimas. Creio, no entanto, que os humoristas assassinados bem dispensariam a companhia de todos aqueles que se servem do humor em causa própria.
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